Encontrando o Divino Feminino: a história e a verdade por trás da Sequência de Vênus

por Richard Rudd

A Revelação

Em 7 de junho de 2004, o planeta Vênus passou em frente ao sol. E na maior parte daquele dia, eu estava sentado num trem! Havia acabado de ensinar num seminário chamado 'As 64 Dádivas’ que durou três dias. Meu diagrama do Desenho Humano (Human Design) estava na mesinha à minha frente, e eu tinha comigo uma caneta. Por alguma razão inexplicável, comecei a desenhar linhas dentro do diagrama, conectando os diferentes planetas. Logo, me deparei com a estrela em tetraedo. E em algum momento, como se fosse do nada, passei para um outro reino – o reino da pura intuição. Pude sentir um fluxo de energia e excitação correndo livre pelo meu corpo, e eu comecei a ‘ver' coisas. É mesmo bem desafiador descrever em palavras uma experiência mística espontânea. Quero dizer, é simplesmente impossível. Mas o que me lembro bem e com muita clareza, era essa chama fervendo pelo meu ser.

Essa experiência durou ao menos quatro dias e quatro noites inteiras. Durante esse período, eu sucumbi a estados cada vez mais profundos de consciência. Minha mente estava operando numa frequência em que meu corpo quase não podia aguentar. Minha escrivaninha estava repleta de pedaços de papel com milhares de rabiscos por toda parte. Após essa experiência, fiquei meses tentando decifrar o que tinha escrito! E o resultado foi a Sequência de Vênus.

A única coisa que procuro deixar claro para qualquer pessoa que tem acesso a esse conhecimento é que não é conhecimento, e não é um outro sistema, mas sim uma transmissão viva do dharma. Veio como uma transmissão, e deve ser passada aos outros como uma transmissão, não importa o que pensem as nossas mentes. Como a Sequência de Vênus é uma presença viva, ela não pode ser compreendida racionalmente – só pode ser captada intuitivamente. Em essência, é uma transmissão profundamente feminina que escolheu uma forma masculina para ser propagada.

O Divino Feminino e as Abelhas

E com a transmissão vieram as abelhas. Sei que pode soar estranho, mas de qualquer jeito, você deve estar mesmo duvidando de tudo isso. Nas ciências ocultas, é dito que as abelhas vêm de Vênus, ou ao menos a sua frequência combina com a de Vênus. De qualquer modo, enquanto eu entrava pelos portões dessa transmissão, me encontrei no mundo das abelhas. Por diversas razões, as abelhas são criaturas incríveis – sua habilidade alquímica de produzir mel, suas formas incríveis de se comunicar pela dança e também por viverem em uma sociedade altamente organizada. Esse último ponto é realmente a essência do que as abelhas representam para mim – elas oferecem um modelo humanitário para uma sociedade verdadeiramente altruísta.

A Abelha Rainha

Para mim, a Abelha-Mãe é um dos grandes símbolos da Sequência de Vênus. A Rainha representa o ideal puro contido numa sociedade perfeita. Ela é o coração da colmeia. Tudo gira e espirala em torno dela. Como na vida real, se a Abelha-Mãe morre, a colmeia toda desaba-se num caos e, logo depois, morre. Ela representa o Amor, assim como a Vênus representa o Amor. Ambas são a expressão do princípio do Divino Feminino. 

As palavras a seguir são de um recente artigo meu:

As Abelhas são nossos pensamentos. A Colmeia é o nosso corpo. O mundo é o pomar. 

As flores e as florescências são as nossas experiências no mundo. 

Enquanto as abelhas extraem o pólen das flores, nós também temos que extrair o máximo de sustento das experiências que surgem no nosso caminho. 

Como as abelhas, nossos pensamentos sempre voltam para a colmeia, para o nosso corpo, 

pois é lá que se armazena a preciosa substância coletada nas diferentes aventuras. 

Nas profundezas da colmeia, um processo alquímico acontece, à medida que a vida é decomposta e sua essência é extraída e refinada. Todo o trabalho é feito pelas abelhas. 

Aquelas admiráveis e tão ocupadas abelhas.

Mas há algo mais. Dentro de cada colmeia, há um coração. 

Esse coração é a Rainha. Coletivamente, as abelhas servem a Rainha. 

Se a Rainha é removida da colmeia, ou se ela morre, a colônia inteira logo irá morrer. 

Na verdade, a Rainha-Mãe secreta uma substância física 

que galvaniza cada abelha no serviço ao todo, e cada uma das abelhas 

visita a Rainha para tomar um gole dessa substância. 

A substância, é claro, é o Amor.

Todos que bebem da transmissão da Sequência de Vênus podem sentir esse amor. É algo que está dentro de cada um de nós.

Saturno e Quíron - a Mãe Escura e o Curador Ferido

Depois que recebi a Sequência de Vênus, tive a intuição de que algo estava faltando. E quanto mais eu explorava esse sentimento, um outro reino ainda mais vasto se abriu para mim – os reinos de Saturno e Quíron. Nesse estágio, tudo se tornou macrocósmico. O conhecimento da Vênus era muito simples e bonito para compreender e usar. Já esse novo conhecimento era diferente. Não tinha uma utilidade real, mas detinha todas as chaves da existência. Fora do tetraedo venusiano jazia uma outra Sequência – a Sequência de Saturno. A geometria dessa sequência não é euclidiana, mas sim uma geometria fractal envolvendo espirais Fibonacci e a proporção áurea. Não é uma sequência que se aplica a indivíduos, mas a grupos coletivos de pessoas – grupos de alma, famílias, tribos, raças e, finalmente, toda a humanidade.

Para mim, Saturno não é um arquétipo masculino. É o lado sombrio do Feminino. É quem controla o karma e a engrenagem cármica, governando a vida e a morte. 

Nas tabelas a seguir, você pode ver como as mesmas feridas, no contexto da Vênus, traduzem-se em feridas raciais, que ligam grupos genéticos a um nível cármico na Sequência de Saturno. Você pode ver por exemplo como que a mesma energia que se manifesta como insegurança pessoal (Linha 1 na Sequência de Vênus) torna-se a ameaça de invasão num nível racial (Linha 1 da Sequência de Saturno), e que o medo individual é na verdade a causa-raiz das doenças físicas no planeta.

SEQUÊNCIA DE VÊNUS - A FERIDA INDIVIDUAL

SEQUÊNCIA DE SATURNO - A FERIDA COLETIVA

Quíron, Linhas Ancestrais e Fractais

Quíron foi descoberto recentemente, nos anos 1970. Seu mito é profundamente associado com a ferida sagrada por ser conhecido como o ‘Curador Ferido’. Na geometria da Sequência de Saturno, Quíron representa a ponte entre o pessoal e o impessoal. Através de Quíron, podemos ver ambos os filamentos genéticos materno e paterno, e ler os padrões repetitivos que seguem as linhagens familiares através do tempo. Todos os padrões ancestrais podem ser traçados até a verdadeira fonte da ferida sagrada no Big Bang. É aqui que a ciência dos fractais entra em jogo.

De uma forma simples, fractais são padrões que se repetem por si mesmos continuamente, encontrados ocultamente em praticamente todos os lugares no universo. Se você cortar uma laranja ao meio, você irá ver uma geometria similar em espiral nebulosa. Até mesmo onde existe caos, há uma harmonia escondida em ação. Os princípios da geometria fractal podem ser aplicados a tudo. E quando aplicados à genética, tornam-se fascinantes. Todos os europeus, por exemplo, são descendentes de uma de sete mulheres, no total. Simplesmente pegando um pedaço do DNA da saliva, um geneticista pode dizer de qual mulher cada europeu descende em questão de minutos. A linhagem que se conecta a essa mulher é uma linha fractal. A sua linhagem foi dividida e subdividida de modo ramificado por seus filhos e demais descendentes.

As linhas fractais também nos ligam a padrões arquétipos por meio do karma. Certas linhagens familiares carregam certos resíduos cármicos desde o início. A ferida sagrada tem seus diferentes ramos de sofrimento. Por meio do Quíron, podemos ver por exemplo, quais padrões de saúde são passados carmicamente e geneticamente por uma certa linhagem familiar. Quando eu estava vendo essas coisas durante a minha experiência mística, escutei uma das afirmações mais radicais de todos os tempos: ‘Todas as doenças são ancestrais’. Isso sugere que a doença é pré-programada na nossa natureza e que a única forma de curar uma doença verdadeiramente é quebrar o padrão que remete à sua fonte no Big Bang! Isso significa que você estará curando uma doença carregada por milhares de pessoas que estão na sua linha fractal.

A implicação desse conhecimento para a saúde é surpreendente. Isso significa que a causa real de qualquer doença não pode ser localizada ao longo da vida de uma pessoa. Só pode ser realmente compreendida como uma doença arquetípica, e não necessariamente algo que deve ser reparado. E, nesse sentido, só precisa ser aceita completamente.

Os Três Códigos Fonte e o Avatar da Consciência

Ao traçarmos a ferida sagrada cada vez mais profundamente no tempo, podemos rastrear três fontes fractais lineares. Em outras palavras, quando ocorreu o Big Bang, o um explodiu em três, e não em dois. Isso é muito importante para a geometria universal que está surgindo. Essas linhas, ou códigos-fonte, se relacionam com três aspectos do Divino, ou Trindade, encontradas em quase todas as religiões no nosso planeta. O homem possui um faro intuitivo da verdade. Os padrões são, na verdade, o fundamento do nosso ser. Esses três aspectos da Trindade denominei-os de Krishna, Cristo e a Mãe.

      Saturno - Os Três Raios Avatares

O Raio de Krishna veio ao mundo através da Índia e seguiu as linhas fractais por meio do nascimento e da terra (conhecida como as Linhas Ley) à medida que esta transmissão foi sendo levada e passada de geração para geração. Esse é o conhecimento milenar guardado pelos Rishis e registrado nos Vedas.

O Raio de Cristo veio ao mundo por meio de Jesus e também seguiu linhas fractais em diversos lugares do planeta. Esses três Raios tem pouco haver com as nossas vidas externas, mas são realmente fontes vibracionais carregadas por todos os seres humanos. Um hindu ou um mulçumano podem ser do Raio de Cristo, e vice-versa.

O Terceiro Raio, a Mãe, ainda não encarnou plenamente nesse planeta. Na verdade, esse raio está em processo de encarnação agora. Nenhum dos Três Raios é uma só pessoa. Cada um é uma linhagem fractal inteira - o que chamo de uma sinarquia. Em outras palavras, Jesus estava no âmago do segundo Raio fractal, mas à medida que se divide e subdivide, a essência de Cristo vêm continuamente sendo encarnada através de incontáveis seres carregando a mesma vibração.

A Mãe Divina

Com a encarnação da Mãe, o terceiro aspecto da Trindade, a ferida sagrada por si só será finalmente curada. O Três, como se diz, é o Encanto. Com a Mãe Divina, vêm a Graça. Essencialmente, a encarnação maternal possui um toque muito prático. Essas encarnações podem ser de cientistas, economistas, políticos e educadores. A tarefa dessa encarnação é unir Yin e Yang - agregando os pensamentos científicos e espirituais. A cura real que virá dessa encarnação multi-geracional ocorrerá através da economia mundial. Quando a dívida for perdoada e o dinheiro erradicado completamente, então saberemos que Ela está plenamente presente ao nosso lado! A Mãe Divina traz síntese, e em última instância, a iluminação coletiva, quando a consciência humana deixa de se identificar com o veículo que por acaso está operando nesse momento.